Casamento: o papel de cada um
O casamento, aquele celebrado em igreja, envolve – ou deveria envolver –fé religiosa, compromisso entre os noivos, emoções. Mas é, sem dúvida, um espetáculo, um grande espetáculo, dos mais importantes da vida social, com muitas personagens.O bom desempenho de cada uma concorre para a beleza e harmonia do resultado final. Noivos, pais, padrinhos, daminhas, pajens... quanto maior o número de “atores” maior é a preocupação para que todos os papéis se entrosem.
Tomando por base um casamento católico – o mais comum entre nós – as dúvidas começam na definição do número de pessoas no altar. E aqui, como na maioria das decisões da vida, deve prevalecer o bom senso: local pequeno, poucos figurantes, local amplo, mais personagens, casamento mais íntimo, poucos participantes, cerimônia pomposa, muitos.
Em geral, é o pai da noiva quem a conduz ao altar. Há todo um simbolismo nessa entrega da filha ao noivo. Na impossibilidade de ser o pai a desempenhar esse papel, pode ser um avô, um tio, o padrinho de batismo ou até um irmão. Há noivas que preferem entrar sozinhas e isso não é incorreto, se bem que um braço amigo seja sempre bem vindo na hora tensa da entrada.
Se o noivo preferir, pode entrar - ele,a mãe e os padrinhos - pela sacristia e posicionar-se no altar à espera da noiva.
Se for feito o cortejo, com algumas variações possíveis, entram o noivo e sua mãe, o pai dele com a mãe da noiva, seguidos dos casais de padrinhos alternadamente.
O noivo, sua mãe e seus padrinhos ficam à direita de quem olha o altar.Conseqüentemente, os padrinhos da noiva, bem como a mãe da noiva e o pai do noivo colocam-se à esquerda do altar. Isso enquanto se espera a noiva, pois, quando ela vem entrando, o noivo dá alguns passos (ou desce os degraus) em sua direção. Nisso o pai do noivo deixa seu par e vai se colocar ao lado de sua mulher.
Lembrando-se sempre: as damas ficam à direita de seus cavalheiros. O único momento em que isso não acontece é durante a celebração do casamento, quando a noiva fica à esquerda do noivo. Uma daminha apenas, ou uma daminha e um pajem ou ainda duas daminhas, mais quatro ou seis casais de padrinhos, pais e sogros e, evidentemente, os noivos compõem um altar médio.
Quanto às crianças, há várias possibilidades de participação delas.Tanto podem entrar logo antes da noiva, como uma delas entrar depois, carregando as alianças.Podem ser daminhas floristas, jogando pétalas de flores antes da noiva entrar ou ainda dando uma flor a cada mulher do altar após a cerimônia.
Quando elas precedem a noiva, não devem entrar imediatamente antes, caso contrário,acabam dividindo as atenções, num momento que deve ser só dela. Faça então assim: elas entram, fecha-se a porta e, logo que chegarem ao altar, abre-se novamente a porta para a entrada da noiva.
O cortejo na saída forma-se assim: noivos, crianças, pais dos noivos, padrinhos.
É importante que o convite aos padrinhos e às crianças seja feito com cerca de três meses de antecedência, para que cada um possa se preparar adequadamente. Ser escolhido para padrinho, daminha ou pajem é uma grande honra, pois é um gesto de carinho e amizade da parte dos noivos, mas, sem dúvida implica em preparativos e gastos.
Achou muito complicado? Não é, não. É mais complicado descrever do que executar. Há muito de tradição, mas há também muito de lógica em tudo isso. O cerimonial do casamento, como a grande maioria das regras de etiqueta, foi pensado, não para complicar, mas para facilitar a vida das pessoas.
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